aviso autorias anteriores idioma índice
pendular
ISRAEL MANIPULA E EXPLORA AS VIDAS LGBTIQ+

Ao mesmo tempo que se apresenta como a única sociedade segura para a comunidade LGBTIQ+ no Médio Oriente, Israel exerce violência, chantagem e vigilância sistemática contra pessoas queer na Palestina, instrumentalizando a sexualidade como arma de ocupação.


A jornalista Theia Chatelle, num artigo para o Drop Site, revelou numerosos casos de pessoas queer na Cisjordânia que foram espiadas por agências de segurança israelitas como o Shin Bet e a Unidade 8200, e depois chantageadas, através de aplicações como o Grindr, para se tornarem informadoras. Sob ameaça física e de revelação da sua identidade sexual às suas comunidades, foram forçadas a fornecer informação sobre activistas ou pessoas do seu círculo.


Na Palestina, a lei não criminaliza a homossexualidade, mas socialmente continua a ser um tabu. Já em 2013, a Vice noticiou que a Autoridade Palestiniana actuava sob a direcção do exército israelita para chantagear pessoas LGBTIQ+, com o mesmo procedimento. Organizações queer palestinianas como a Al Qaws condenaram estas práticas como parte integrante do sistema colonial e opressivo que Israel impõe sobre a Palestina. 


Ao mesmo tempo, milhares de pessoas queer palestinianas vivem em Telavive em condições precárias, sem direitos nem protecção legal, presas entre a homofobia social do seu meio de origem e o racismo e homofobia institucionais do Estado israelita. 


Israel apropria-se do discurso LGBTIQ+ internacional enquanto utiliza as identidades queer como ferramenta de dominação colonial, numa estratégia racista de “pinkwashing” que pretende erguer-se como contraponto a uma Palestina acusada de homofóbica, que utiliza para justificar o genocídio.

AG

Partilhar
Aviso Pendular