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NÃO HÁ MÉDICOS NAS PRISÕES

A situação sanitária nas prisões espanholas é cada vez mais insustentável. Para a população reclusa, formada por mais de 50 mil pessoas, existem menos de 200 médicos disponíveis. Os últimos dados são de 2023, do relatório da Secretaria Geral das Instituições Penitenciárias: há 169 médicos e 31 subdiretores ou chefes de serviço médico para toda a população reclusa.


De acordo com um relatório do Portal da Transparência sobre a Relação de Quadros de Pessoal do Ministério do Interior, de 2025, não deveria ser assim. Existem 467 vagas para médicos, 25 vagas para chefes de serviço médico e 45 para subdiretores de serviços médicos que não se cobrem porque não há pessoas candidatas e porque não se melhoram as condições salariais e laborais do pessoal médico, que está sujeito a um regime diferente do da saúde pública. O rácio entre médicos e reclusos é aproximadamente metade do da população em geral.


Em Portugal, a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso identifica problemas semelhantes deste lado da fronteira e propõe uma amnistia de alguns anos para todas as pessoas que estejam presas, dada a falta de condições nas prisões. Se a situação da saúde nas prisões melhora, toda a saúde pública sairá a ganhar; e se deixarmos de depender tanto do castigo como método, também a nossa vida podia ser outra, em liberdade.

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