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PRESAS POR FAZER SINDICALISMO

As “seis da Suiza” entraram no dia 10 de julho na prisão, condenadas por fazer sindicalismo, por defender uma trabalhadora com uma gravidez de risco que tinha denunciado assédio laboral e sexual no seu posto de trabalho na pastelaria La Suiza, na cidade asturiana de Gijón. 


Sobre as acusadas pesam duas condenações: uma de dois anos de prisão pelo crime de coacção grave e outra de um ano e seis meses adicionais por um crime contra a administração da justiça, pelas condenadas terem tentado chegar a um acordo com o empresário. O juiz considerou que reunir-se à porta de um negócio para informar os potenciais clientes sobre as condições laborais constitui coacção, passível de uma indemnização de 125.428 euros e de dois anos de prisão. O pedido de suspensão da pena de prisão foi indeferido, além do mais, porque o juiz de turno considerou que não existia arrependimento por parte das condenadas, por ter sido o sindicato CNT a pagar a indemnização ao empresário. Esta decisão foi tomada contra o posicionamento da defesa e do Ministério Público, que não se opunham à suspensão da pena de prisão.


Após uma semana na prisão, e devido às mobilizações populares em várias cidades espanholas, foi-lhes concedido o regime prisional aberto, embora continuem condenadas e tenham de ir dormir todos os dias à prisão. O empresário voltou a abrir a pastelaria em Oviedo, depois de justificar que as acções sindicais da CNT o obrigaram a transferir o negócio devido às perdas causadas, quando está demonstrado que o local onde se encontrava a pastelaria estava já à venda quase um ano antes dos factos ocorrerem.

RGB

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