
Nos últimos dias, têm ocorrido vários protestos por parte da comunidade imigrante nos Estados Unidos da América, principalmente na zona de Los Angeles, na Califórnia. Tudo começou com rusgas policiais ilegais, a mando do governo central, que foram autênticas caças ao homem. Caleb Soto, da National Day Laborer Organizing Network, uma organização laboral baseada na democracia directa dos seus membros, referiu publicamente que estas detenções foram na verdade raptos, sem nenhum mandato judicial que as acompanhasse.
Trump ordenou o uso de uma força militar, a Guarda Nacional, para levar a cabo esta política de terror. Fê-lo à revelia do governador daquela região; a última vez que um presidente norte-americano tinha chamado forças militares sem autorização das autoridades locais foi, precisamente, em 1965, na marcha pelos direitos civis de Selma a Montgomery, organizada também por James Bevel, Amelia Boynton e Martin Luther King, Jr, entre muitas outras pessoas. Além disso, depois dos primeiros protestos, Donald Trump chamou o Corpo de Fuzileiros, num batalhão composto por 700 militares.
Mas existe resistência. Milhares e milhares de pessoas saíram à rua desde o primeiro dia, num gesto de auto-defesa. Os danos que possam ter sido causados nestes protestos não se comparam com a violência exercida sobre quem diariamente vive do seu trabalho porque é legítima defesa!