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Com tanto material audiovisual já a circular por tudo quanto é sítio, porquê mais um? A resposta, para quem quer tomar as rédeas do seu próprio destino, é mais fácil do que parece.
O nosso dia-a-dia não nos pertence por completo. Passamos horas e horas a trabalhar e outras tantas a tentar encaixar o que queremos com o que parecemos. Como desistir de pôr em prática a ideia de nos livrarmos destas regras em que vivemos? Ter uma educação formal, arranjar um bom emprego, casar, reproduzir a espécie: quando é vamos fazer estas e outras coisas porque realmente nos apetece? Desistir não vale a pena, realmente.
E como organizar a destruição da sociedade em que vivemos sem conversarmos um pouco antes? Não sabemos que forma terá a nossa emancipação, nem sequer temos a certeza de que ela terá lugar algum dia. Mas, da mesma forma, deixamos essa possibilidade em aberto. Talvez algum dia deixemos de ter que trabalhar horas a fio para poder comer, alugar uma casa e passar uns dias de férias algures, se der. Talvez algum dia chegue o momento em que cada qual será livre de fazer o que bem entende com a sua própria vida, sem que isso incomode quem quer que seja. E, para isso, precisamos de falar, trocar umas ideias. Talvez?
A nossa emancipação, se a alcançarmos algum dia, destas vidas que temos que não são bem nossas, será obra das nossas próprias mãos. Não vai depender de mais ninguém nem de nenhuma cartilha. O que esperamos é que apareça uma multidão de forças, mesmo que assumidamente pequenas como a nossa, nesta vontade de pôr a conversa em dia. Esta vamos tê-la numa terra comum, a península ibérica. É aqui que vivemos e agora que nos apetece conversar. Mas podia ser em qualquer lado e noutro momento qualquer!